13/07/2017
O SINPAAET vem a público lamentar a aprovação pelo Senado, na última terça-feira, 11/07, da proposta de Reforma Trabalhista, que na prática acaba com a legislação trabalhista vigente. Ela oficializa o trabalho intermitente e a escravidão "moderna" da classe trabalhadora brasileira, que permite, sem represálias, jornadas de até doze horas de trabalho. Sem mencionar as gestantes, cujas atividades laborais poderão ser realizadas em locais insalubres.
O Senado Brasileiro é composto em sua grande maioria (mais de 80%) por empresários e representantes de empresários. Ou seja, foi uma maioria absoluta de patrões que aprovou a lei que regulará as relações de trabalho. Situação idêntica ocorre na Câmara dos Deputados, cuja maioria de parlamentares é formada por empresários ou seus representantes.
Foi essa representatividade do patronato que no Congresso nacional aprovou o maior retrocesso da história do Brasil.
Devemos lembrar que todos os políticos brasileiros são eleitos pelo povo e para o povo deveriam legislar, representar e defender. Infelizmente nosso país passa por uma grave crise moral e política, onde esse dever está deturpado.
E neste espaço queremos também lamentar e repudiar os votos dos três senadores catarinenses que votaram contra a classe trabalhadora.
Perdemos uma batalha, mas seguiremos na luta de cabeça erguida, com a tranquilidade de estarmos cumprindo com nossa missão de defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, e com a disposição para conquistarmos mais e exigirmos ética, dignidade e comprometimento com os que deveriam nos representar.
Fonte: Assessoria de Imprensa