02/02/2017
Professores ganham pouco quando seus salários são comparados com outras profissões. E quando comparados diretamente, professores do setor privado de ensino têm salários inferiores aos professores do setor público – é o que constatou a professora e dirigente sindical Gisele Vargas, em sua pesquisa para o mestrado em Educação. Para ela, questionar a remuneração dos professores é um constante desafio, pois a iniciativa privada visa o lucro, e questões como salário e condições de trabalho ficam à margem de debates.
Gisele apresentará essas reflexões e os dados que as embasam no Congresso Internacional de Pedagogia, organizado pelo Ministério de Educação de Cuba, Unesco, Unicef, Organização dos Estados Ibero Americanos e a Associação de Educadores da América Latina e Caribe. O evento ocorrerá em Havana, de 30 de janeiro a 03 de fevereiro, sendo que Gisele participa em caráter particular.
Importante reforçar: os fatores determinantes para o cálculo da remuneração são diferentes. Para professores do setor público, a base de cálculo é o piso salarial nacional estabelecido em lei. Já para os professores do setor privado, o salário é fixado por convenção coletiva e estabelecido por hora/aula trabalhada. Além disso, professores do setor privado não recebem hora/atividade, trabalham as horas/aula em sala de aula.
Gisele Vargas é Mestra em Educação, especialista em Direito Constitucional e graduada em Direito. Professora nos cursos de Administração, Processos Gerenciais, Direito e Relações Internacionais e membro integrante do projeto de pesquisa em remuneração de professores do Mestrado em Educação da Unisul. Atualmente é presidente do Sinpaaet e dirigente nacional da Confederação de Educação (Contee) e da CUT.
Fonte: Sinpaaet